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O peso do pássaro morto, de Aline Bei

2 de setembro de 2019



“entendendo que o tempo 
sempre leva 
as nossas coisas preferidas no mundo
e nos esquece aqui 
olhando pra vida 
sem elas”



O Peso do Pássaro Morto ainda está na minha cabeça, já faz mais de um mês que li ele, mas ainda sim, as palavras lá impressas teimam em continuar vivas na minha memória. Os versos deste livro contam a história de uma mulher, dos 8 aos 52 anos, e nesse período acompanhamos sua vida, as desilusões, perdas, mágoas e cicatrizes. Conhecemos os dois lados de cada uma de suas descobertas, do amor, da maternidade, das coisas que deveriam ser boas, mas não são.


“mas pra mim era tudo tão Tarde, o tempo escorria sem sono das minhas mãos.”


São palavras sobre perda, dor e a capacidade de uma mulher suportar (até onde der) viver em um mundo como o nosso. 


Eu raramente choro com livros, mas @alinebei arrancou à força minhas lágrimas, assim como os momentos bons foram arrancados da protagonista dessa história. O Peso do Pássaro Morto é uma obra grandiosa, ainda que tenha pouquíssimas páginas, eu me vi ali, vi tantas mulheres que conheço, seus desejos, anseios e os pequenos sonhos inesquecíveis. Eu senti muita coisa durante a leitura, mas não sei como descrever a maioria delas. Só tenho a dizer que foi uma experiência que partiu meu coração.

No final das contas, cada um sabe o peso de seu próprio “pássaro”, e como às vezes é doloroso segura-lo nas mãos. O Peso do Pássaro Morto é um livro extraordinário que deve ser lido por todos aqueles que possuem uma alma e um coração.

“não ver alguém nunca mais por questões sentimentais
doía menos do que 
não ver alguém nunca mais porque a pessoa 
deixou de existir.”


“ao canário que, Assustado em caber na palma, morreu na minha mão.”
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